Chapter eleven and I'm so sorry.


Joseph deixou Demi na sala, conversando com Denise, e foi consertar a pia da cozinha. —Estou feliz por ele ter superado o passado — disse a dona da casa com sinceridade.— Não sabe como tem sido triste vê-lo punir-se por algo que não poderia ter evitado.
— Papai e eu nunca soubemos nada sobre seu passado, mas Joe tem classe, e eu sempre me perguntava por que ele havia decidido enterrar-se em uma fazenda como a nossa.
— Ele fala muito bem de seu pai e, na última vez em que esteve aqui, também falou muito sobre você.
Demi ficou vermelha e abaixou a cabeça, olhando fixamente para o prato que colocava sobre a mesa.
— Posso imaginar. Ele estava furioso quando deixou a fazenda, e tinha todo o direito de me odiar por ter escondido a verdade.
—Meu filho sabe o que sente por ele?
O rubor tornou-se mais intenso:
—Não. Deve pensar que é apenas uma atração física e, por enquanto, eu prefiro que seja assim. Não sei se algum dia poderei ser a esposa que ele precisa, porque... bem, sou muito simples...
Denise deu a volta na mesa e abraçou-a com carinho:
— Se Joseph deixar você escapar, juro que baterei nele com uma vara de marmelo! Vou buscar os sanduíches e chamar os rapazes. Não fique tão assustada, Demetria! Eles não mordem — riu.
Demi sentou-se no lugar que Denise indicou e ouviu o cumprimento simpático de Kevin, que acomodou-se a seu lado.
— Olá, Demi. É bom ter alguma coisa bonita para olhar enquanto como.
Nick levantou a cabeça e fitou Demi com indiferença e frieza:
—Se não gosta de olhar para mim enquanto come, use uma venda — respondeu com tom agressivo.
— Que horror! Ele acabaria comendo a toalha da mesa — brincou Denise.
— Sente-se, Joseph.
Ele obedeceu, mas a desaprovação estava estampada em seus olhos, como se Demi tivesse culpa por Kevin ter escolhido a cadeira a seu lado.
—Faça a oração de agradecimento, Nick — ordenou a mãe. Ele rezou em voz alta e em seguida todos ocuparam-se com os sanduíches e o café. Kevin contou a história da propriedade a Demi e Nick comeram em silêncio, enquanto Denise perguntava a Joseph sobre seus planos para o futuro. Demi não podia ouvir o que ele estava dizendo, mas percebeu a raiva estampada em seus olhos. O que havia feito de errado? Estaria arrependido por ter parado naquele hotel? Embaraçada com as lembranças despertadas, sentiu o rosto vermelho. Ainda sentia o corpo arder onde ele a tocara, mas talvez fosse diferente para um homem, especialmente quando não amava a mulher com quem acabara de dividir uma cama. Joseph demonstrara um desejo intenso, mas podia estar arrependido por ter cedido aos impulsos que haviam transformado um casamento acidental numa união verdadeira. Talvez estivesse pensando em Ashley. Estava quieto, estranho, e Demi conhecia bem aquela disposição de ânimo. Era exatamente o estado de humor que fazia os peões da fazenda fugirem dele.
— Eu sempre quis ter uma irmã — disse Kevin. — Mas só tenho Joseph, Frankie e... ele.
Nick continuou comendo, como se não houvesse percebido o insulto.
—Já é hora de parar com essa provocação, filho — Denise censurou. — Estou começando a desconfiar que Nick fica feliz com as ofensas.
—Já devia saber o que me deixa feliz...
—Agora não, meu filho. Temos convidados.
—Demi é da família — Kevin corrigiu.
—Da sua família, não da minha —Nick respondeu com um olhar furioso em direção à mãe. — Sem nenhuma ofensa — acrescentou, dirigindo-se a Joseph.
—Vai levar a vingança até o túmulo, não é? — perguntou a dona da casa.
—Preciso voltar ao trabalho. Vejo você mais tarde, Joseph.
Nick levantou-se e saiu sem olhar para trás.
— Agora que o ambiente melhorou, o que achou da nossa fazenda, Demi? — quis saber Kevin. Ela respondeu de maneira automática, pensando na estranha conversa que acabara de presenciar.
Se aquela era uma demonstração de como as coisas seriam durante a visita, preferia não ter de ficar por muito tempo. Mas sem a presença difícil de Nick, tudo ficou mais agradável. Kevin decidiu levá-la para conhecer a fazenda e, antes que Joseph pudesse protestar, pegou-a pela mão e levou-a para fora, onde o jeep estava estacionado.
— E Joseph...? — ela perguntou embaraçada, olhando para trás e vendo que ele os observava em silêncio.
—Só quero conversar um pouco com minha cunhada — disse Kevin, afastando o mal estar.
Ao encará-lo, Demi viu a mesma expressão séria que a intimidara em Joseph e, depois, em Nick. Minutos depois ele parou o jeep num ponto afastado da estrada, onde não podiam ser vistos a partir da casa, e desligou o motor.
— Ashley telefonou esta manhã, e queria falar com Joseph — revelou. — Se quer saber minha opinião, acho que ela não é o tipo de mulher que aceita uma rejeição em silêncio. Ela não acreditou quando meu irmão disse que estava casado, e comentou comigo que acreditava na possibilidade de você ter arrumado uma certidão falsa.
Com um suspiro pesado, Demi respondeu:
—Qualquer um pode verificar o documento e descobrir que é autêntico.
— Eu sei. Fiz isso quando Joseph esteve aqui — sorriu. — Não fique ofendida, mas ele vai herdar uma fortuna quando mamãe morrer, e ninguém sabia quem era Demetria Lovato.
—Mas Joseph disse que você o fez mudar de idéia sobre a anulação do casamento.
— E é verdade. Um dia desses, me lembre de mostrar o relatório que o detetive particular fez a seu respeito. Você é o tipo de mulher que qualquer mãe quer para os filhos, uma jovem honesta, firme e caseira, sem falar na devoção que tem por seu pai. Nessa geração irresponsável e leviana, você é quase um milagre, e eu disse isso a Joseph. E claro que ele compreendeu que poderia ter encontrado coisa muito pior.
— Imagino...
—No entanto. Ashley parece não concordar comigo, e é melhor você ficar atenta.
— Obrigada. Kevin.
— Joseph merece ser feliz. Taylor transformou sua vida num inferno com aquele ciúme doentio, e já é hora dele parar de culpar-se por sua morte.
—Eu também acho, e vou cuidar bem dele.
Ele sorriu:
—Não é o que vem fazendo nos últimos três anos? Bem, já disse o que tinha a dizer, e agora é hora de voltarmos. Só queria preveni-la.
—Obrigada. Vou ficar atenta.
Quando chegaram, Joseph estava furioso. Fitou o irmão com olhos brilhantes, e Demi mereceu um olhar ainda mais intenso. Denise fingiu não notar a tensão e convidou-os para uma visita a Jacobsville, onde pretendia comprar mantimentos. Demi acalmou-se quando foi apresentada a várias pessoas, incluindo a jovem mãe que cuidava do armazém e que tinha três crianças penduradas na saia. A seu lado. um homem louro e forte atendia os fregueses.
— Esses são os Ballengers — disse Denise. — Abby e Calhoun. Aquele é Matt... não, é Terry, e aquele é Edd — apontou, tentando identificar as crianças.
— Você nunca vai aprender, Theodora — riu Calhoun. — Terry, Edd e Matt.
— O máximo que posso fazer é distinguir seus filhos dos de seu irmão Justin.
— Justin e Selena já têm mais um a caminho, e desta vez estão certos de que é uma menina.
— Depois dos três garotos, posso entender sua determinação — comentou Denise.
—Nós desistimos — Abby suspirou. — Gosto de meninos, e estou cansada do peso da maternidade. Meu corpo foi destruído por esses anjinhos!
—Mas eu ainda amo você — sorriu o marido, beijando-a na testa.
Demi sentiu uma pontada de tristeza por não ter esse tipo de afeição. Fora capaz de despertar apenas desejo em Joe, e agora ele não demonstrava nem isso. Tinha o rosto duro como se houvesse sido esculpido em granito, e não disse nada quando sua mãe apresentou-a como sua esposa. Era difícil fingir que tudo ia bem, que estava imensamente feliz, quando tinha o coração despedaçado. Mais tarde, Denise levou-a para um passeio pelas ruas de Jacobsville e depois, quando voltaram à fazenda, mostrou o álbum de fotos da família, enquanto os homens iam verificar o rebanho. Ninguém falou muito durante o jantar. Apenas a cozinheira fez alguns comentários ácidos sobre o apetite voraz dos homens e, em seguida, voltou para a cozinha.
— Ela está aqui há tanto tempo, que se considera dona da cozinha — explicou Denise. — Adora ver os pratos limpos depois de cada refeição.
—Ela é uma excelente cozinheira — Demi elogiou.
— Ouvi dizer que você faz tortas de maçã maravilhosas — comentou Kevin.
—Meu pai deve achá-las deliciosas, porque é capaz de brigar para não dividi-las.
—Ele é feliz — disse, olhando para a mãe e para Nick. — Eu nunca consigo garantir meu pedaço de sobremesa.
Denise fez uma careta e virou-se para Demetria:
—A idéia dele de justiça é meio estranha, sabe? Sempre acha que merece dois terços do bolo.
— Estou emagrecendo, qualquer um pode ver! — Kevin protestou. — Morrendo de fome em minha própria casa!
Demi riu mas, do outro lado da mesa, Joseph permaneceu sério e carrancudo. Atormentava-se com aquele sorriso, e via nele todo o tipo de promessas. Demi sentira-se atraída por Kevin desde a primeira vez em que o vira, e naquele dia havia saído com ele e voltara com expressão muito feliz. Agora ria de tudo que ele dizia, e sentara-se ao lado dele novamente. Estava perdendo sua esposa! Se tudo o que sentia por ele era curiosidade sexual, agora que já a satisfizera, podia ter perdido o interesse. Deus, e se estivesse apaixonada por Kevin? Com o rosto contorcido, Joseph abaixou a cabeça para que ninguém notasse sua angústia.
Depois do jantar, Denise ligou o vídeo cassete e todos viram uma comédia que Demetria andava maluca para assistir. No entanto, seu entusiasmo desapareceu quando Joseph levantou-se no meio da exibição, dizendo que precisava dar alguns telefonemas importantes.
Um pouco depois Demi desculpou-se e foi procurá-lo no escritório, disposta a esclarecer a situação, mas não o encontrou. Com um suspiro triste, saiu pela porta da frente e sentou-se nos degraus da varanda, onde ficou contemplando a noite escura. A porta abriu-se às suas costas e ela levantou-se depressa, pensando ser Joe. Mas era Nick.
—Estou incomodando? — ele perguntou com tom profundo.
—Não, eu... só queria um pouco de ar fresco. Já ia entrar.
— Não precisa ter medo de mim. Minha vingança, como Denise diz, não inclui você. Joseph está estranho... Discutiram antes de vir para cá?
—Não — respondeu encabulada, lembrando-se do que haviam feito na estrada. — Na verdade, estávamos muito bem, até que chegamos aqui.
—Ou até que saiu com Kevin?
—É... acho que foi isso.
— Eu também acho.
—Kevin só queria me prevenir sobre o telefonema.
— Que telefonema?
— O da mulher com quem Joe costumava sair antes do casamento — explicou. — Kevin disse que Ashley telefonou para cá perguntando por Joe, porque achava que eu havia falsificado a certidão de casamento.
—Puro veneno... Disse a Joseph porque saiu com Kevin?
—Não tive chance. Ele está me evitando, e acho que está arrependido. Joseph ficou maluco quando descobriu sobre o casamento, e eu pensei que nunca mais fosse falar comigo. Depois, quando eu concordei com a anulação e dei entrada no pedido, ele voltou à fazenda e disse que não ia assinar os papéis. Não sei mais o que ele quer, mas acho que está sentindo falta de Ashley. Deve estar furioso por estar ligado a mim por um casamento que não queria.
—Talvez esteja com ciúmes. Já pensou nisso?
— Que absurdo! Joe  nunca me quis... como esposa, quero dizer... — e desviou o rosto vermelho, envergonhada com as lembranças — Além do mais, ele não tem motivos para ter ciúmes de Kevin. Eu sempre quis ter um irmão!
—E Kevin é o tipo de homem que lembra um ursinho de pelúcia, certo?
— Bem... sim.
— Pois esse urso tem garras afiadas e um temperamento terrível. Felizmente gosta de você, mas Taylor raramente vinha nos visitar por causa dele. Kevin a odiava, e não fazia o menor esforço para esconder o que sentia.
— Mas ele é tão amável!
— Espere mais um pouco para formar opiniões a seu respeito, ou vai acabar decepcionada quando Kevin atirar alguém por cima da cerca.
—  Kevin?
— Um dos novos empregados procurou briga com um peão mais antigo, e ele ouviu as provocações. Atirou o coitado por cima da cerca e depois esmurrou-o, e a última vez que vimos o sujeito ele ainda estava assustado, tentando fugir do patrão.
Demetria começava a ter uma vaga idéia de como eram os homens da família Jonas.
— Meu Deus — sussurrou. — E eu pensando que você fosse terrível!
— Oh, eu não sou pior nem melhor que Kevin e seu marido.
— E Frankie?
— Frankie costumava pôr pimenta nos biscoitos que comia, e pode desmaiar um homem duas vezes maior que ele quando fica nervoso.
— Não sei se quero ser parente de um bando de selvagens — ela disse, tentando brincar para esconder o nervoso.
—Quando nos conhecer melhor, vai ver que não é tão ruim quanto parece. Uma mulher capaz de domar Joseph deve ser tão forte quanto nós ou Maddie, a esposa de Frankie.
 Ela riu:
— Mal posso esperar para conhecê-los.
— Infelizmente eles vão ficar fora pelas próximas duas semanas. Quem sabe outra vez? — Quem sabe? — concordou, olhando para a porta. — Acho melhor entrar e procurar meu marido.
—Um passo sensato na direção correta. Boa noite, Demi.
— Boa noite, Nick — respondeu, vendo-o descer os degraus da varanda e entrar no carro. Demetria entrou, disse boa noite a todos e subiu, imaginando se conseguiria reunir coragem para seduzir o próprio marido.


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Ooi pessoas. Me desculpem por estar demorando pra postar é que... ta meio corrido pra mim, ainda tenho que terminar a minha mala, porque vou viajar amanhã e vou ficar quase duas semanas fora, tipo... OMG! Vou conhecer a Demi *o*, mas amanhã eu posto o último capítulo pra vocês. :) 
Ah! E logo depois eu começo a postar outra história, só ainda não decidi qual daquelas duas que falei pra vocês eu vou postar. Então por favor me digam as suas opiniões.

Stay Strong!
XOXO
Bia.

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