Chapter 4 - part 2/2
Já sei como a história termina.
Traço um reta em direção ao fundo da sala e por pouco não tropeço na mochila que Stacia colocou no caminho. Meu rosto queima de vergonha, pois sei que Joseph vem logo atrás de mim e que ouviu tudo o que eu disse a Miles e Haven, cada uma daquelas palavras horríveis.
Jogo minha mochila no chão e escorrego carteira a dentro, coloco o capuz e ligo o iPod no volume máximo, na esperança de abafar o zum-zum-zum à minha volta e de esquecer o que acabou de acontecer. Afirmo para mim mesma que um cara como ele, tão seguro de si, tão deslumbrante, tão completamente formidável, não se abala com com o que diz uma garota como eu.
Mas assim que começo a relaxar, já decidida a não ligar mais para isso, levo um susto devastador, uma descarga elétrica que invade minha pele e segue correndo pelas veias, fazendo meu corpo inteiro formigar.
E tudo porque Joseph colocou a mão sobre a minha.
Não é fácil alguém me surpreender. Desde que adquiri os poderes, só a Riley consegue essa façanha, aliás, acredite, ela sempre encontra um jeito novo de fazer isso. Mas quando levando os olhos da minha mão para o rosto de Joseph, ele apenas sorri e diz:
- Eu queria devolver isto aqui. - E me entrega o exemplar de o morro dos ventos uivantes.
Sei que soa estranho, talvez um tanto maluco, mas quando ele abriu a boca e falou não ouvi nada mais à minha volta. Sério, foi como se eu, em um momento, estivesse ouvindo pensamentos e vozes ao acaso e, em outro, começasse a ouvir isso: _______.
Sabendo como isso é ridículo, balanço a cabeça e digo:
- Tem certeza de que não quer ficar com ele mais um pouco? Não estou precisando, já sei como a história termina. - Joseph recolhe a mão, mas o formigamento continua ainda um tempinho.
- Também já sei o fim. - ele diz, olhando para mim de um jeito tão intenso, tão obstinado e tão íntimo que rapidamente desvio o olhar.
E quando vou recolocar os fones no ouvido, a fim de bloquear os comentários maldosos de Stacia e Honor, Joseph novamente pousa a mão na minha e diz:
- O que você está ouvindo?
E o silêncio se refaz. Sério, durante aqueles poucos segundos, somem as espirais de pensamento, os cochichos maldosos, tudo, menos a voz suave e lírica de Joseph. Da outra vez que isso aconteceu, achei que fosse maluquice minha. Mas agora sei que é real. Porque, embora as pessoas continuem a falar, a pensar e a fazer tudo o que normalmente fazem, nada chega aos meus ouvidos. Só o som das palavras dele.
Mais uma vez percebo a corrente elétrica que invade o meu corpo, sinto como ele é quente e penso no que poderia ter causado isso. Bem, não é que esta tenha sido a primeira vez que alguém tenha pego na minha mão, mas nunca antes tinha senti nada nem de longe parecido.
- Perguntei o que você está ouvindo. - Ele sorri. Um sorriso tão íntimo e particular que me deixa com as bochechas vermelhas.
_ É...hmmm... é só uma coletênica de músicas góticas que a minha amig mim. A Haven baixou pra mim a maioria é coisa antiga, tipo Siuxsie and the Banshees, Bauhaus, The Cure... - respondo, afinal, dando de ombros. Desta vez não consigo desviar o olhar. Encarando-o de volta, tento descobrir a cor exata dos seus olhos.
- Você gosta de gótico? - pergunta Joseph, surpreso e cético, correndo os olhos por mim come se estivesse me inventariando: o rabo de cavalo, o moletom azul-marinho, o rosto totalmente desprovido de maquiagem.
- Eu, não. Mas a Haven curte muito. - Deixo escapar uma risada nervosa, estridente, dessas que assustam. Tenho a impressão de que ela ricocheteia pelas quatro paredes da sala antes de voltar pra mim.
- E você, curte o que? - Joseph ainda me encara, claramente gostando da conversa.
Estou prestes a responder quando o sr. Robins entra na sala com as bochechas muito vermelhas, mas não por ter vindo correndo pelo corredor, como todo mundo acha. Joseph se encosta na carteira, e eu respiro fundo, aliviada por voltar aos ruídos de sempre: a ansiedade típica dos adolescentes, o estresse com as provas, a insatisfação com a própria aparência, as frustrações dos sr. Robins, os pensamentos de Stacia, Honor e Craig, todos se perguntando o que um gato desses pode querer comigo.
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Stay Strong!
XOXO
Bia.
- Também já sei o fim. - ele diz, olhando para mim de um jeito tão intenso, tão obstinado e tão íntimo que rapidamente desvio o olhar.
E quando vou recolocar os fones no ouvido, a fim de bloquear os comentários maldosos de Stacia e Honor, Joseph novamente pousa a mão na minha e diz:
- O que você está ouvindo?
E o silêncio se refaz. Sério, durante aqueles poucos segundos, somem as espirais de pensamento, os cochichos maldosos, tudo, menos a voz suave e lírica de Joseph. Da outra vez que isso aconteceu, achei que fosse maluquice minha. Mas agora sei que é real. Porque, embora as pessoas continuem a falar, a pensar e a fazer tudo o que normalmente fazem, nada chega aos meus ouvidos. Só o som das palavras dele.
Mais uma vez percebo a corrente elétrica que invade o meu corpo, sinto como ele é quente e penso no que poderia ter causado isso. Bem, não é que esta tenha sido a primeira vez que alguém tenha pego na minha mão, mas nunca antes tinha senti nada nem de longe parecido.
- Perguntei o que você está ouvindo. - Ele sorri. Um sorriso tão íntimo e particular que me deixa com as bochechas vermelhas.
_ É...hmmm... é só uma coletênica de músicas góticas que a minha amig mim. A Haven baixou pra mim a maioria é coisa antiga, tipo Siuxsie and the Banshees, Bauhaus, The Cure... - respondo, afinal, dando de ombros. Desta vez não consigo desviar o olhar. Encarando-o de volta, tento descobrir a cor exata dos seus olhos.
- Você gosta de gótico? - pergunta Joseph, surpreso e cético, correndo os olhos por mim come se estivesse me inventariando: o rabo de cavalo, o moletom azul-marinho, o rosto totalmente desprovido de maquiagem.
- Eu, não. Mas a Haven curte muito. - Deixo escapar uma risada nervosa, estridente, dessas que assustam. Tenho a impressão de que ela ricocheteia pelas quatro paredes da sala antes de voltar pra mim.
- E você, curte o que? - Joseph ainda me encara, claramente gostando da conversa.
Estou prestes a responder quando o sr. Robins entra na sala com as bochechas muito vermelhas, mas não por ter vindo correndo pelo corredor, como todo mundo acha. Joseph se encosta na carteira, e eu respiro fundo, aliviada por voltar aos ruídos de sempre: a ansiedade típica dos adolescentes, o estresse com as provas, a insatisfação com a própria aparência, as frustrações dos sr. Robins, os pensamentos de Stacia, Honor e Craig, todos se perguntando o que um gato desses pode querer comigo.
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Stay Strong!
XOXO
Bia.
OMG..
ResponderExcluirComo você para assim??..
É muita maldade u.u...
ahsuhsuhuha..
Amei o capitulo..<3
#PostaLogo heim
Hahaha sou muito má mesmo...
ExcluirEspero que continue gostando amor.
Vou tentar postar hoje.
XOXO.